sábado, 2 de fevereiro de 2013

Deus - O Grande Eu Sou

“Operando Eu, quem impedirá?” (Is.43:13b)


Reflexão sobre o Tema

Muitas pessoas dizem que creem em Deus, no entanto, não O conhecem e, consequentemente, não vivem em comunhão com Ele. O conhecimento que alegam ter, na maioria das vezes, provém da experiência de terceiros, não dela própria, ou simplesmente por intermédio da própria família que passa seus conhecimentos de geração à geração.

No Capítulo 4 do Livro de João, a partir do versículo 7, encontra-se uma narrativa a respeito de um diálogo entre Jesus e uma mulher samaritana. Nesse colóquio, a mulher samaritana não negou o desconhecimento a respeito de Deus. No entanto, admitiu ter recebido esse conhecimento de seus antepassados (v.20)  pois menciona ter conhecimento de um determinado lugar onde o seu povo se dirigia para adorá-Lo.

Ouvindo-a,  Jesus afirma que iria chegar um tempo onde não seria preciso um lugar específico de adoração  porque, segundo Ele: “os verdadeiros adoradores adorararão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim O adorem” (Jo.4:23).

Embora a mulher não tenha negado o conhecimento a respeito de Deus, não manifestava nenhum compromisso com Ele, e sua própria condição de vida refletia isso. Mas, a partir do encontro pessoal que teve com Jesus, recebeu a oportunidade de mudar a sua história. Não há como permanecer o mesmo depois de uma experiência como essa.
Jó ao contrário, era homem temente a Deus e praticante de Sua Palavra, no entanto, faltava um estreitamento no relacionamento com Deus para que a sua fé fosse firmada. Isso se deu quando ele teve uma experiência real com Deus e pode contemplar a sua Soberania e Grandeza. Ao final dessa experiência, Jó teve que admitir: “antes eu te conhecia só de ouvir falar, mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos” (Jó.42:5).  
O que a Bíblia nos ensina, é que não basta apenas crer na existência de Deus, porque nisso também os demônios acreditam e tremem de medo (Tg.2:19). Há uma diferença muito grande entre a simples crença e a fé. A crença não está vinculada com a verdade, por isso dispensa investigação rigorosa, ela baseia-se apenas na disposição ou convicção de forum íntimo em relação à possibilidade de acreditar que algo possa ser verídico (Fonte: Dicionário Online).
A verdadeira fé é dinâmica, e por esta razão se consolida mediante  três circunstâncias, primeiro, pelo conhecimento da Palavra de Deus  (Rm.10:17), e em segundo, pela experiência real com Ele, conforme o relato de Jó e a Samaritana e, posteriormente, pelas atitudes de segui-Lo em obediência aos seus mandamentos (Jo.14:15; Dt.5:29; Tg.1:22). Portanto, amados, não basta crer é preciso que haja compromisso com Ele, para que a sua vontade seja absoluta em nossas vidas, amém!



IMAGENS ESPECIAIS


   
Obrigado Senhor!



PLANO DE AULA

Tema: Deus – O Grande Eu Sou

Texto Base: Isaías 44:6b

Versículo para Memorizar:  Operando Eu, quem impedirá?” (Is.43:13b).

Objetivos

Ensinar às crianças sobre a identidade de  Deus; Seu papel na  criação; A manifestação do Seu grande amor; Seus atributos e Seu  papel no plano de salvação;  

Introdução

A Bíblia é a Palavra de Deus revelada a nós por meio da atuação do Espírito Santo que inspirou homens especialmente escolhidos para esta missão,  de nos transmitir a  mensagem de Deus e nos revelar o verdadeiro objetivo da criação. Nesse estudo,  conheceremos um pouco sobre a identidade do autor dessa tão grandiosa obra,  Deus, por meio do qual todas as coisas foram criadas e tudo se fez. A Bíblia O revela como criador e não como criatura e, portanto, auto-existente. Ele governa e tem domínio sobre tudo (Dt.4:39; Gn.1:1; Ne.9:6; Sl.72:18; 89:11; Os.13:4). Apesar de Sua grandeza, Ele se manifesta a nós como um pai amoroso que se preocupa com nossos sofrimentos e nos alcança com sua infinita misericórdia.  

Procedimento

Iniciar a aula com dinâmica para integrar o grupo e despertar os sonolentos ou distraídos . Entoar, pelo menos um cântico de louvor relacionado à temática da aula.  Em seguida, apresentar o tema por meio de imagens que podem ser slides ou outros recursos similares. Suscitar questionamentos sobre a existência de Deus, ouvir as colocações e, em seguida, esclarecer os pontos levantados, tendo em mãos um roteiro previamente elaborado para facilitar o estudo bíblico.

Contação de História – Contextualização Bíblica

Sua Identidade e Sua Forma

Em Gênese,  Deus revela a Sua identidade quando, em diálogo com Moisés,  se auto-denomina como O Grande Eu Sou, dizendo: “EU SOU O QUE SOU”,  (Ex.3:14). Essa expressão remete ao entendimento de que se trata de alguém que independe de qualquer circunstância, o que aliás, tem a ver com um dos atributos de Sua personalidade, o de ser  ABSOLUTO.

Quanto à sua forma, o evangelista João nos revela que nunca ninguém viu a Deus (Jo.1:18a), o que sabemos a Seu respeito foi porque o Seu Filho, Jesus nos fez saber (Jo.1:18b). Deus é espírito e, portanto, “importa que os que o adoram, o adorem em espírito e em verdade”  (Jo.4:24).

Antropomorfismo

Considerando a nossa incapacidade de compreendê-LO, quanto à Sua forma, Deus se revela a nós antropomorficamente, ou seja, como se fosse um homem, fisicamente.  A Bíblia nos relata que Moisés falava com Deus “face à face” (Ex.33:11) dando a entender tratar-se do Seu rosto no sentido físico, mas na verdade, trata-se de uma relação de intimidade que havia entre eles. Tanto é assim que logo adiante, no mesmo capítulo, Deus afirma a Moisés: “Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá”  (Ex.33:20).

Em oração intercessória pelos filhos de Israel, Neemias pede a Deus  que: ”Estejam, pois, atentos os teus ouvidos, e os teus olhos, abertos” (Ne.1:6), referindo-se a atenção que desejava por se tratar de um assunto extremamente sério. Numa linguagem  metafórica para se referir ao poder criador de Deus, Davi diz que “o Altíssimo levantou a sua voz” (Sl.18:13) e que “do seu nariz subiu fumaça” (Sl.18:8).

Há, também, em outras passagens, referências antropormórficas, como: olhos (Jó.28:10), pés Ex.24:10) ou ainda, demonstrando as  atividades constantes de Deus, ora assentado no trono  de glória (1Rs.22:19), voando nas asas do vento (Sl.18:10) ou em combate nas batalhas (2Cr.32:8; Is.63:1-6) em favor de seu povo.
Antropopatismo
O antropopatismo é a tentativa humana de interpretar os sentimentos de Deus, conforme as experiências que temos e não de fato. Nas Escrituras Deus manifesta sentimentos tais como: ira (Is.63:6; Na.1:3; Sl.30:5; Sl.106:40), amor (Jo.3:16,1Jo.4:8), indignação (Sl.18:7b), misericórdia (Sl.25:10), zelo (Ex.34:14), alegria (Ne.8:10), dentre outros. 

Para ilustrar melhor essa questão, no Antigo Testamento, aparecem algumas situações em que ocorre o  antropopatismo. Vejamos aqui um pequeno trecho do diálogo entre Deus e Moisés, no  tocante a missão que lhe competia realizar junto ao povo que estava cativo no Egito, mas que por insegurança, devido à sua gagueira (Ex.4:10), Moisés tentou se esquivar crendo que não conseguiria ser bem sucedido nessa  tarefa.  Essa postura provocou a ira do Senhor, que mandou Moisés chamar Arão, seu irmão, para ser seu intérprete,conforme diz o texto abaixo:

"Então se acendeu a ira do Senhor contra Moisés, e disse: Não é Arão, o levita, teu irmão? Eu sei que ele falará muito bem..." (Ex.4:14-16).

Habitação do Altíssimo

Não há como dimensionar a grandeza de Deus porque o nosso entendimento é restrito, sabemos apenas o que nos é revelado através da Bíblia Sagrada e, através do nosso relacionamento com Ele. Quanto ao lugar provável de sua habitação, a Bíblia nos diz que Ele habita, não só  em trevas densas e impenetráveis mas também, em luz inacessível (1Cr.29:11; Sl.97:2; 1Tm:6:16). Ou seja, em toda a Sua criação. Não há lugar onde Ele não tenha total domínio e não possa estar e mesmo assim, o seu olhar atento está sobre o “pobre e abatido de espírito e que treme diante...” da Sua Palavra (Is.66:1-2).

Não há Ninguém Como o Nosso Deus

Por mais sábio e inteligente que o homem seja, jamais conseguirá compreender o agir de Deus, conforme o salmista chegou a esta conclusão, porque não há como conhecê-lo completamente (Sl.139:6). A nossa visão humana é restrita e, portanto, somos incapazes de compreender os pensamentos de Deus (Rm.11:33-34). Entretanto, devemos nos esforçar em conhecê-Lo, através do estudo da Palavra, conforme nos orienta o profeta Oséias (Os.6:3), a fim de fazermos a Sua vontade.

A nossa ignorância nos leva, não raras vezes, a questionarmos a Deus, e até mesmo julgarmos que podemos "dar uma ajudinha" para que as coisas saiam de conformidade com o que imaginamos ser o certo.

Jó, embora temente a Deus e tendo com Ele um relacionamento muito próximo, teve a ousadia, vamos dizer assim, de questioná-lo sobre determinados acontecimentos. Em resposta, Deus o fêz recordar com quem ele estava falando e Jó teve que reconhecer a sua insignificância diante da Soberania de Deus. Sua obra é perfeita e Sua sabedoria excede ao nosso entendimento humano. Vejamos um trecho desse diálogo que se encontra no Capítulo 38 do livro de Jó.


2. As suas palavras só mostram a sua ignorância, quem é você para por em dúvida a minha sabedoria?
"4.Onde é que você estava quando criei o mundo? Se você é tão inteligente, explique isso". Continua questionando:
12. “Jó, Alguma vez na sua vida você ordenou que viesse a madrugada e assim começasse um novo dia? 13. Você alguma vez mandou que a luz se espalhasse sobre a terra, sacudindo os perversos e os expulsando dos seus esconderijos?  16. Você já visitou as nascentes do mar? Já passou pelo fundo do oceano?  18. Você tem alguma idéia da largura da terra? Responda, se é que você sabe tudo isso! 19. De onde vem a luz, e qual é a origem da escuridão? 20. Você sabe mostrar a elas até onde devem chegar e depois fazer com que voltem outra vez ao ponto de partida? 21.-  Sim, você deve saber, pois é bem idoso e ja havia nascido quando o mundo foi criado” (Jó.38:12-21 NTLH).

Esse discurso prossegue no capítulo 39 e 40 quando então Deus desafia Jó a uma resposta definitiva. 

“1.Então o Senhor disse: 2.Jó, você desafiou a mim, o Deus Todo-Poderoso. Vai dessistir ou vai me dar uma resposta? 3. Então, em resposta ao Senhor  Jó disse: 4. Eu não valho nada: que posso responder? Prefiro ficar calado. 5. Já falei mais do que devia e agora não tenho nada para dizer” (Jó 40:1-5 - NTLH)

Finalmente Jó reconhece que a sabedoria humana não é capaz de compreender as coisas de Deus e que eram infundados os seus questionamentos. Muitas vezes também, somos presunçosos e agimos de forma semelhante. Jeremias nos ensina o que Deus pensa a esse respeito.

                                             “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR” (Jr.9:23,24)

Cometemos muitos enganos porque o nosso campo de visão é restrito e não nos permite ter clareza das coisas. Por esta razão, os nossos caminhos nos levam muitas vezes à morte espiritual  (Pv.14:12; 16:25).  Mas,  os caminhos do Senhor são perfeitos, porque Ele é onisciente. E assim sendo, sabe como e porque deve agir dessa ou daquela forma, mesmo que isso nos deixe confundidos em algumas situações, conforme diz o texto de Isaías:
                          “Porque, assim como o céu é mais alto do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos” (Isaías 55: 8-9)

Atributos Incomensuráveis a Deus – Não podem ser transferidos ao homem

Deus é uma pessoa e, como tal, possui características que Lhe são inerentes. Embora as palavras sejam insuficientes para defini-LO, teológicamente são enumerados alguns atributos os quais, embora não esgote a Sua essência, nos permite ter uma idéia a respeito de Sua  majestade.


Trindade: Deus é Uno e Trino, porque sendo um, subsiste em três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo), sendo Ele, mesmo a primeira pessoa, o Pai. Todos os atributos divinos aplicam-se a cada pessoa da Trindade que estão em perfeita harmonia e comunhão entre si, formando apenas uma (Mt.3:16,17; Mt.28:19; I Jo.5:7).

Perfeição: É o atributo pelo qual Deus é isento de toda e qualquer limitação em seu Ser e em seus atributos (Jó.11:7-10; Mt.5:48).

Eternidade: Deus não tem princípio nem fim, conforme a noção de tempo cronológico - chronos que conhecemos, porque Ele mesmo criou o tempo - Kairós (Ex.3:14; Gn.21:22; 2Pe.3:8). O Salmista diz que Ele é “de eternidade em eternidade” (Sl.90:2) e João nos informa que “Ele tem vida em si mesmo” (Jo.5:26). Lucas esclarece que a própria vida é um dom de Deus (Atos 17:25). Tudo isso nos leva a crer na Sua auto-existência.

Criador: “Todas as coisas foram feitas por Ele e sem Ele, nada do que foi feito se fez” (Jo.1:3; Sl.135:6). A Bíblia nos informa que “no princípio criou Deus o céu e a terra” (Gn.1:1) e que  “o firmamento anuncia as obras de Suas mãos” (Sl.19:1) e o louvam, porque “tudo foi criado por Ele e para Ele” (Col.1:16), para que pudéssemos glorificá-LO.

Soberania: Não somente criou todas as coisas, mas também exerce controle absoluto sobre a criação (Sl.135:6) as quais rege e governa , conforme a Sua vontade e perfeição (Sl.115:3) .  O Seu poder é supremo no universo (Ex.17:16; 1Cr.29:11-12; Dn.2:21-22), por esta razão, quando Ele decide alguma coisa, não há nada  que possa impedi-LO (Is.43:13b). “E Tua é, ó Senhor, a grandeza, e o poder, e a glória, e a vitória, e a majestade, porque Teu é tudo quanto há no céu e na terra; Teu é, ó Senhor, o reino” (1Cr.29:11).

Onipotência: Este atributo revela o poder de Deus na Sua criação e é expresso no nome hebraico El-Shaddai, que  traduzido significa Todo-Poderoso, indicando que para Ele, nada é impossível (Gn.17:1;18:14; Ex.6:3; 2Co.6:18; Jó.37:23; Ap.1:8, Is.43:11-13; Sl,115:3).  A onipotência de Deus abrange todas as coisas  (ICr.29:12),  o domínio sobre a natureza (Sl.107:25-29; Na.1:5,6; Sl.33:6-9; Is.40:26; Mt.8:27; Jr.32:17; Rm.1:20), o domínio sobre a experiência humana (Sl.91:1; Dn.4:19-37; Ex.7:1-5; Tg.4:12-15; Pv.21:1; Jó.9:12; Mt.19:26; Lc.1:37) e o domínio sobre as regiões celestiais (Dn.4:35; Hb.1:13,14; Jó.1:12; Jó 2:6). 

Onipresença:
 É a capacidade de Deus estar em todos os lugares ao mesmo tempo (Sl.139:7-10). “Acaso, sou Deus apenas de perto, diz o Senhor, e não também de longe? Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? Porventura, não encho eu os céus e a terra? “ (Jr 23.23-24). Na língua hebraica a expressão “o céu e a terra” significa o universo inteiro. Este universo segundo a própria declaração de Deus, está cheio de sua presença.

O salmista disse: “Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá” (Salmo 139:7-10). Conclui-se, portanto, que não há nada que esteja oculto aos olhos de Deus.
Onisciência: É um dos atributos de Deus que Lhe permite conhecer e saber todas as coisas (1Jo.3:20), sejam passadas, presentes ou futuras. Para Ele, não há mistério porque  nada está oculto e, sendo assim, seus juizos são perfeitos (Ap.20:12). Se “o além e o abismo estão descobertos perante o Senhor; quanto mais o coração dos filhos dos homens!” (Pv 15. 11). “Os seus olhos estão sobre os caminhos de cada um, e Ele vê todos os seus passos” (Jó.34:21). “Ele esquadrinha os nossos corações” (1Cr.28:9) e sem que haja palavras, Ele nos conhece (Sl.139:1-4).

Imutabilidade: Deus é imutável (Ap.22.13; Is.44.6). Esta característica é condizente com todos os demais atributos de Deus, que sendo a perfeição absoluta, não requer mudança (Hb.1:10-12). “Porque eu, o Senhor, não mudo” (Ml 3.6). Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre, sem nenhuma variação ou necessidade de mudança (Tg.1:17).

Atributos  Comunicáveis – Que se estendem ao homem
Amor: João afirma que Deus é amor (1Jo.4:8). A prova cabal desse amor se resume no calvário (Jo.3:16). Paulo afirma que esse amor foi derramado no coração do cristão (Rm.5:5) pela graça (Ef.2:4-8) que é manifestada no sacrifício de Jesus Cristo pela nossa salvação.
Misericórdia: É a capacidade de sentir compaixão daqueles que sofrem. É uma forte expressão do amor de Deus. “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos” (Lm. 3.22). Assim, podemos compreender que a  misericórdia é a extenção da graça de Deus. (2Sm 24.14; Mt 9.27; 2Co 1.3; Hb 4.16; 2.17; Tg 5.11). “E depois de tudo o que nos tem sucedido por causa das nossas más obras, e da nossa grande culpa, ainda assim tu, ó nosso Deus, nos tens castigado menos do que merecem as nossas iniquidades, e ainda nos deixaste este remanescente (Ed 9.13).

Sabedoria:  "O Senhor, com sabedoria fundou a terra" (Pv. 3:19). NEle "estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência" (Col.2:3). Por essa razão seus caminhos são perfeitos (Sl. 104:24) e Ele jamais se engana. Diante de tamanha perfeição, Paulo o exalta dizendo: "Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus" (Rm.11:33). Nisto reconhecemos que “Com Ele está a sabedoria e a força” (Jó 12:13), que se manifesta não somente na  criação (Rm.4:17; Is.44:24), mas também, nas obras da providência  (1Cr.29:11-12) e na redenção (Rm.1:16; 1Co.1:24).

Santidade: Deus é puro, perfeito e santo (ISm.2.2; Sl.99; Is.40.25; Ap.15.4). Estas características O colocam acima de qualquer ser por Ele criado. A Sua majestade reina absoluta porque nEle não há imperfeição. Podemos distinguir a santidade de Deus em dois aspectos: transcendência e pureza moral. A transcendência mostra um Ser que está acima de qualquer situação e não depende das circunstâncias  para ser o que é (Is.57.15). A pureza moral mostra como Deus está separado de tudo o que é pecaminoso (Lv.20.26; I Pe.1.15,16). Por esta razão, há  uma condição expressa para nos relacionarmos com Ele, no qual Ele mesmo diz: “Sereis santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”(Lv.19.2; 1Pe.1:16) e o autor de  Hebreus reforça: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb.12:14).
Justiça: Todos os atributos de Deus convergem para  uma justiça infinitamente perfeita. Nele mesmo estão todos os parâmetros de justiça  (Dt.32:4; Gn.18:25; Is.30:18; Jr.9:24; At.17:31). Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são justos (Ed 9.15; Ne 9.8; Sl 119.137; 145.17; Jr 12.1; Lm 2.29; 3.4; Ap 16.5; Dt 32.4; Rm 3.25-26; Jó 40.2,8; Rm 9.20,21).

Sua santidade é a causa da sua justiça que vem, justamente corrigir a transgressão à Sua lei (Rm.3:21a), levando o pecador a reconhecer a Sua condição pecaminosa, oferecendo-lhe, pela graça a possibilidade de não ser condenado e sim justificado por meio da salvação em Cristo Jesus. Uma vez liberto da condenação, se viermos a pecar, temos um advogado que nos defende do acusador.

A justiça humana é falha, mas a de Deus é perfeita. Ele jamais se engana na aplicação da Sua justiça que ocorre nas seguintes situações:  De forma geral quando o pecador  transgride Suas leis (Sl.3:5;11:4-7; Dt.32:4; Dn.9:12;14; Ex.9:23-27;34:7); Como correção a seus filhos desobedientes (Hb.12:6-7; Jr.10:24;30:11;46:28; Sl.89:30-33; ICr.21:13); Como Juiz severo para os que não O temem ((Rm.11:22; Hb.10:31) ou derramando Suas bençãos, como recompensa aos que permanecem na obediência de Suas leis  (Hb.6:10; IITm.4:8; ICo.4:5;3:11-15; Rm.2:6-10; IIJo.8).  

Fidelidade: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Nm 23:19).Tudo o que Deus prometeu vai acontecer porque Ele é fiel...“Ele vela pela Sua Palavra para que se cumpra” (Jr.1:12).


Conclusão
Atributos são as qualidades inerentes a Deus, próprias dEle. Esses atributos podem ser divididos de duas formas. Primeiro, os atributos que Lhe são inerentes, ou seja, não podem ser transferidos a nós que são tidos como atributos incomunicáveis, são eles: Onipresença, Onisciência, Onipotência, Infinitude, Perfeição e Imutabilidade e Poder Criador. Segundo, abrange uma relação de atributos que podem ser  transferidos ao homem , assim chamados de atributos  comunicáveis, que são:  Amor, Santidade, Justiça, Verdade, Fidelidade, Misericórdia, Sabedoria (Êx 3.14; Pv 5.21; 15.3; At 15.17-18; Tg 1 17; Sl 139.1-12; 147.13-18).

Sonia Oliveira


Veja aqui alguns dos Estudos disponíveis no Arquivo do blog:

  1. ISamuel - Resposta ao chamado de Deus
  2. Juizes - Período Teocrático 
  3. Sansão - Exemplo de Imaturidade 
  4. Gideão - Um Homem Revestido de Poder 
  5. Abimeleque - Ambição Sem Limites 
  6. José do Egito 
  7. Josué e Calebe - Enfrentando o Gigante do Medo 
  8. Josué - A Derrota de Ai 
  9. Palavra de Deus - Uma Mensagem Transformadora 
  10. Evangelizar é Preciso! 
  11. A Vontade Soberana de Deus 
  12. O Espírito Santo a Terceira Pessoa da Trindade 
  13. Páscoa Cristã 
  14. Dons Espirituais 
  15. Missões com Excelência - A boa semente
  16. É Tempo de Despertar 
  17. Epístola aos Filipenses
  18. Virando as Costas para Deus
  19. A Oração de Habacuque
  20. Os Frutos do Espirito
  21. Jabez a Oração que Mudou uma Historia
  22. Os Escolhidos de Deus
  23. Compromisso com Deus
  24. Compromisso com a Verdade
  25. A Família sob Ataque
  26. Ageu a Reconstrucao do Templo
  27. Jonas a Misericordia de Deus
  28. Davi um Coração Quebrantado Diante de Deus
  29. Amor o Maior Mandamento
  30. Renovação Espiritual
  31. Como ser Forte nos Momentos de Fraqueza
  32. Elias Relacionamento e Dependência de Deus
  33. Colossenses Supremacia de Cristo
  34. Um Convite á Graça e Restauração
  35. Nova Criatura em Cristo
  36. Apressa-te Senhor em me Ajudar
  37. A Boa Mão de Deus Sobre Mim
  38. Naamã o Mergulho na Graça de Deus
  39. Asafe o Perigo de Perder o Foco
  40. Aprendendo a Ser Dependente de Deus
  41. Jó a Essência da Adoração
  42. Saber Esperar no Senhor
  43. Livro de Habacuque (Vídeo) - parte 1
  44. Livro de Habacuque (Vídeo) - parte 2
  45. Livro de Habacuque (Vídeo) - parte 3
  46. Livro de Habacuque (Vídeo) - parte 4 
  47. Livro de Habacuque (Vídeo) - parte 5
  48. Epístola aos Colossenses (Vídeo) - Introdução
  49. Santificação

2 comentários:

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