terça-feira, 23 de julho de 2013

SAUL - Um Homem Atormentado



“Obedecer é Melhor  do que o sacrificar” (1Sm.15:22b)
Reflexão sobre o Tema
O episódio de Saul relata a ascensão e a queda de um homem que, embora escolhido por Deus, preferiu seguir o caminho da desobediência e com isso, determinou a própria ruína. 
A desobediência de Saul ficou caracterizada, principalmente quando ele ofereceu sacrifício ao Senhor, assumindo a posição sacerdotal que não lhe pertencia (1Sm.13:8-14), por desobedecer a ordem expressa de exterminar os amalequitas, poupando a vida do rei Agague (1Sm.15:3;7-8), por consultar uma feiticeira (1Sm.28:11-20).
Samuel recusa-se a continuar ao lado de Saul, porque fora ele desobediente ao Senhor e comunica-lhe o desagrado de Deus a seu respeito (1Sm.15:11;26), dizendo-lhe que o Senhor iria colocar outro rei em seu lugar, alguém, segundo o seu próprio coração (1Sm.13:14b). 
Saul teve todas as oportunidades que um homem pode desejar alcançar na vida. Obteve sucesso, riquezas e colecionou muitas vitórias. Mas, enganou-se crendo que o seu sucesso era procedente de sua própria capacidade. A sua queda teve início justamente quando o orgulho e a vaidade entraram em seu coração  corrompendo-o. 
Não há nesse mundo nenhuma autoridade constituída que não esteja subordinada ao Senhor, soberano e eterno criador. Ele está no controle de todas as coisas e qualquer motivação humana que esteja em desacordo com os seus designos esta fadada ao fracasso, porque nada e nem ninguém podem frustrar os seus planos, haja vista o caso dos amalequitas. 
Deus pode colocar quem ele quer onde ele quiser, no entanto, a permanência ou não no posto, depende do desempenho de cada um. Saul foi substituído por Davi porque Davi tinha um coração inclinado à obediência e porque era um adorador.

IMAGENS DAS AULAS


  
PLANO DE AULA

Tema: Saul -  Um Homem Atormentado 
Texto Base: 1Samuel 10.1 
Versículo para Memorizar: “Obedecer é Melhor do o que sacrificar” (1Sm.15:22b)

Introdução 
O povo de Israel pediu um rei e Deus levantou Saul. A sua escolha foi recebida com festa pelo povo (1Samuel 10:20-24). Ele foi devidamente ungido pelo sacerdote Samuel e começou muito bem o seu governo, mas acabou muito mal, isso porque ele desobedeceu a Deus. Este estudo  relata, justamente, a trajetória desse homem que embora escolhido por Deus para uma grande missão, como homem, incorre em erros gravíssimos diante do Senhor, erros estes que o leva à ruína espiritual e a perda de seu reinado. Vamos abordar aqui nesse estudo os principais erros de Saul. 

Objetivos 
Levar os pequeninos a compreenderem que Deus não escolhe o homem porque este tenha qualidades especiais e sim para que, pela obediência possa executar os seus planos que são perfeitos. Enfatizar que sem fé e sem obediência é impossível agradar a Deus.

Procedimento (Contação de História)
Período Teocrático em Israel 
Antes da instauração da monarquia como sistema de governo, não havia uma nação, propriamente dita,  em Israel. Havia sim, diversas tribos unidas por laços étnicos e culturais que se aliavam para as batalhas entre si  de acordo com seus próprios interesses. Depois de Josué, não houve outro líder que se colocasse à frente do povo. Devido a falta de liderança, o povo agia cada um por sua própria conta (Jz.1). Aos poucos, foram se esquecendo dos ensinamentos de  Deus e se contaminaram por crenças pagãs, tornando-se idólatra. Foi um período de grande apostasia (Ver aqui estudo sobre esse assunto). 
No entanto, quando subjugados pelos inimigos, lembravam-se do Deus de seus pais e clamavam pelo socorro divino (Jz.2:18). Deus, na sua infinita misericórdia não os desamparava, antes porém, suscitava dentre eles, líderes dotados do poder do Espírito Santo  que atuavam como juízes, os quais eram ao mesmo tempo legisladores, líderes espirituais e chefes militares. Samuel foi o último dos juízes, sendo também, profeta e sacerdote. 

Os Filisteus - Opressores de Israel 
Os filisteus eram, no período dos juízes, os maiores opressores de Israel. Era um povo composto por cinco cidades, Gaza, Asdode, Ecrom, Gate e Ascalom (1Sm 6.17). Essas cidades localizavam-se à leste da região de Judá, e possuíam uma forma independente de se governarem, mas eram extremamente articuladas quando sob ameaça de guerra e todas possuíam um “senhor” que supervisionava o cultivo das terras anexadas. Possuíam uma concorrência comercial com os fenícios. 
Os filisteus não eram numerosos, porém possuíam uma estrutura militar muito organizada e poderosa. Eles governavam sobre uma população predominantemente cananita e com isso eles formavam uma elite de guerreiros possuidores de uma longa tradição militar. Os filisteus também possuíam o domínio pleno do ferro forjado. 
Quando os filisteus dominaram Israel, estes foram proibidos de fabricar qualquer tipo de arma e de material que utilizasse o ferro, para confecção de utensílios agrícolas, era necessário descer a região dos filisteus e solicitar que os seus ferreiros as confeccionassem (1Sm.13:19-22). 

O Povo Pede Um Rei 
Samuel foi um homem talhado para uma grande missão, promover o avivamento em Israel (Ver aqui estudo sobre Samuel). Por meio dele, o povo voltou-se novamente para Deus e desejou conhecer as Escrituras. Samuel, com o propósito de disseminar o conhecimento da Palavra de Deus, criou em pontos estratégicos algumas escolas de profetas. Julgava com sabedoria as causas do povo e sob a sua liderança, houve paz em Israel. 
Quando já estava em idade avançada, colocou seus filhos Joel e Abias para ajudá-lo a julgar as causas. Porém, a conduta moral e espiritual deles em nada se assemelhava ao do pai. Os anciões israelitas, demonstrando descontentamento, aproveitando-se desse fato foram ao encontro de Samuel e pediram que lhes desse um rei (1Sm.8:1-9). Sob a constante pressão sofrida pelos ataques filisteus, chegaram a crer que só poderiam ser vitoriosos sob a liderança humana de um chefe militar forte e guerreiro, abandonando, com essa atitude a direção de Deus por intermédio do ministério profético de Samuel.
Samuel muito se entristeceu com a conduta do seu povo e tentou argumentar quanto ao equívoco de tal escolha e os males que poderiam advir de um governo meramente humano. No entanto, seus argumentos de nada adiantaram. Samuel, mesmo contrariado foi consultar o Senhor sobre o que fazer a respeito. Deus ouvindo-o e conhecendo as verdadeiras intenções que movia o coração de seu povo, disse para Samuel que lhes concedesse tal pedido. 

Saul é Escolhido Por Deus Para Ser Rei de Israel 
Deus não só concedeu a petição do povo como também, lhes deu exatamente o tipo que correspondia às suas expectativas, ou seja, o estereótipo de homem perfeito para assumir a função desejada. Saul foi o escolhido. Ele era um homem que até então, vivia no anonimato. Pertencia à tribo de Benjamim, uma das menores tribos israelitas. Seu pai se chamava Quis, filho de Abiel (1Sm.9:1). 
Saul nasceu em Gibeá, uma cidadezinha ao norte de Jerusalém. Ele era casado com uma única esposa que se chamava Ainoã, com quem tinha cinco filhos, três meninos e duas meninas (1Sm.14:49-50). Desses filhos, os que se destacaram mais foram Jônatas, pela sua atuação militar e mais tarde, como amigo e aliado de Davi, e sua filha Mical, que casou com Davi. Os três filhos morreram com ele em uma batalha (1Sm.31:2).
Segundo o relato bíblico no que diz respeito a sua aparência, ele era tão belo que entre os filhos de Israel não havia outro igual a ele. Desde os ombros para cima sobressaia a todo o povo (1 Sm.9:2). Saul entra em cena no momento em que lhe fora atribuída, pelo seu pai, a missão de resgatar algumas jumentas que haviam se extraviado. Mal sabia ele a respeito dos planos de Deus a seu respeito e que seria ele, rei de  Israel.
Samuel já havia sido instruído pelo Senhor a respeito de Saul que foi conduzido à sua presença em Zufe, ocasião em que lhe reservou uma recepção especial oferecendo-lhe um banquete e colocando-o em lugar de destaque à mesa junto aos demais. Recebeu orientações para ungi-lo e assim o fez em secreto (1Sm.10:1), sendo posteriormente esse fato confirmado publicamente, em cerimônia pública em Mispa (1 Sm.10:17-25).
Saul era um homem simples e muito tímido, tanto que, no momento em que a sua aparição pública foi solicitada, teve receio e se escondeu (1 Sm.10:22). Esse gesto de humildade provocou o desprezo de um pequeno grupo contrário a sua escolha como rei (1Sm.10:26-27). Porém, com o passar dos tempos, demonstrou possuir um temperamento muito instável. Não tardou para  que essa característica começasse a se manifestar. Passou a agir com impulsividade e fora da direção de Deus, fato que o levou à ruína.

Consolidação da Liderança de Saul 
O episódio em Jabes de Gileade, concede credibilidade a Saul que se fortalece diante do povo e consolida a sua liderança sobre Israel, conforme a vontade do Senhor. A cidade de Jabes, fora sitiada pelos amonitas. Vendo-se ameaçados, os moradores daquele lugar tentaram um acordo. Porém, Naás, disse-lhes que somente faria acordo depois de arrancar-lhes os olhos para que isso servisse de humilhação aos israelitas. Assustados, o povo pediu  trégua de uma semana até que fosse enviada mensagem ao restante da nação e lhes viesse socorro. Caso não viesse ajuda nenhuma, se renderiam. 
A notícia chegou a Gibeá, onde morava Saul. Os habitantes daquele lugar entraram em desespero. Mediante o relato do mensageiro, Saul teve uma reação surpreendente, tomado pelo Espírito do Senhor, abateu uma junta de bois e os enviou por toda a terra, ameaçando fazer o mesmo aos bois de qualquer um que se recusasse a defender seus irmãos. O temor tomou conta do povo que, rapidamente, se aliou a Saul, formando um exército de 330 mil homens tanto de Judá quanto de Israel. Sob a liderança de Saul que demonstrou ser excelente estrategista militar, o seu exército saiu vitorioso (1Sm.11:6-7).

Despedida de Samuel Enquanto Juiz de Israel 
Ao final da batalha, Samuel convidou a todos para retornarem com ele à Gilgal onde confirmaria   Saul como rei de Israel. Na ocasião, o sacerdote anunciou a sua despedida enquanto juiz do povo, delegando essa tarefa a Saul, agora rei, dizendo que continuaria, enquanto sacerdote, intercedendo em favor de seu povo. No seu discurso de despedida, aproveitou para exortar o povo a manter-se fiel a Deus. Lembrou-lhes que a vitória que obtiveram veio, não pela ação humana, mas pela vontade do Senhor (1Sm.12:14-15) e assim seria enquanto permanecessem na obediência. 

O Primeiro Grande Erro de Saul – O Holocausto
Saul estava no início de seu reinado quando se viu ameaçado pelo ataque dos filisteus. Tomou para si três mil homens a fim de formar o seu exército, os quais dividiu em duas tropas. Dois mil ficaram com ele em Micmás e nas montanhas de Betel e mil ficaram sob o comando de Jônatas, seu filho, em Gibeá. Na ocasião, Jônatas, sem consultar o seu pai, feriu a guarnição dos filisteus despertando a fúria dos mesmos contra Israel (1.Sm.13.3).
A resposta a esse ataque não tardou. Os filisteus organizaram o seu exército e avançaram em direção ao local onde se encontrava Saul. E os filisteus se ajuntaram para pelejar contra Israel, munidos de trinta mil carros, seis mil cavaleiros e um número tão grande de soldados que comparava-se a quantidade de areia na praia.
O povo de Israel atravessou o rio Jordão e avançou rapidamente em direção a Gade e Gileade. Sabendo estar Saul em Gilgal, vieram até ele apavorados relatar os acontecimentos (1Sm.13:4-7). Saul havia recebido orientações para permanecer naquele local até o retorno de Samuel, que ficaria ausente por sete dias e somente então faria o sacrifício pacífico para que Deus se manifestasse em relação aos acontecimentos (1Sm.10:8).
Diante do ocorrido,  Saul temendo que Samuel não chegasse a tempo, decidiu ele mesmo realizar o sacrifício. Segundo Lei, os únicos que poderiam oferecer sacrifícios eram os da tribo de Levi, que possuía linhagem sacerdotal. Portanto, Saul estava assumindo uma posição que não lhe cabia, usurpando a posição que era de Samuel (1Sm.13:8-14).
Samuel retornou a tempo de ver o que estava acontecendo e repreendeu veementemente a Saul o qual procurou justificar a sua atitude, dizendo que a situação em si era tão desesperadora que ele não teve outra escolha senão tomar a frente da situação.
O profeta comunicou-lhe então a indignação do Senhor dizendo que o seu reinado teria sido confirmado para sempre se não fosse pela sua atitude que denotava total falta de confiança naquEle que havia lhe confiado a função de líder de seu povo. Concluiu ainda afirmando que, por conta dessa desobediência o Senhor levantaria outro homem, que ao contrário dele, seria segundo o seu coração e este o substituíria como rei de Israel.

O Caso do Amalequita 
Saul firmou seus direitos ganhando a confiança do povo durante as campanhas militares vitoriosas contra os inimigos de Israel que transcorreram posteriormente (1Sm.14:47-52). Porém, entrou em decadência ao cometer alguns atos de desobediência a Deus, conforme já descrito. O segundo grande erro de Saul se deu na batalha contra Amaleque. Vamos retroceder na história Bíblica a fim de compreendermos melhor esse episódio. Amém, queridos!

Origem do Povo Amalequita 
A princípio parece estranho que Deus tenha ordenado o extermínio desse povo. Porém, ao analisarmos as Escrituras Sagradas, fica mais fácil de compreender a situação. Amaleque era neto de Esaú (Gn.36:12,16; 1Cr.1:36). No passado, seus antecendentes foram amaldiçoados,  por tentarem impedir os planos de Deus, praticando o mal contra Israel (Êx.17:7-16, Dt.25:17-19). 
Eles viviam em bandos e costumavam atacar e destruir outros povos. Saqueavam as plantações  levavam tudo o que podiam com eles, além de escravisarem os habitantes desses lugares. A perseguição ao povo de Deus tornou-se uma constante.  A única alternativa para restaurar a paz seria eliminá-los, juntamente com seus ídolos – eram um povo idólatra e de costume pagão.

A Missão Confiada a Saul 
Coube a Saul essa tarefa, muitas gerações depois do que houve no deserto (Êx.17:16). Disse o Senhor à Samuel  que incumbisse Saul de destruir totalmente a Amaleque, não poupando nada e nem ninguém (1Sm.15:2-3). Em obediência, “Saul convocou o povo, e em Telaim, contou duzentos mil homens de pé e dez mil homens de Judá” (v.4). Seguiu com seu exército até a cidade de Amaleque e armou uma emboscada no vale para impedir que houvesse fuga. Em seguida, recomedou Saul aos queneus, povo nômade midianitas, amigo de Israel, que saíssem do meio dos amalequitas, para não serem destruídos, juntamente com eles. Saul justificou sua atitude lembrando que os quenitas eram descendentes de Jetro, o sogro de Moisés, e tinham usado de misericórdia para com os israelitas quando saíram do Egito (Jz.1:16; 4:11-17). Esperou a saída dos mesmos e, somente então, investiu com seu exército contra os amalequitas, destruindo-os desde Havilá, até Sur. Moisés havia registrado o fato de que em Havilá havia ouro de qualidade e pedras preciosas (Gn.2:12). Quanto a Sur, o que se sabe é que se tratava de uma área extensa e semi-desética, onde  Ismael fora morar. Foi nesse local, exatamente, onde o anjo do Senhor havia se encontrado com sua mãe (Gn.16:7;25:16-18).

Segundo Grande Erro de Saul – A Desobediência No Caso Amalequita 
Contrariando as recomendações expressa de Deus para destruir tudo, em cumprimento do seu julgamento em relação à perversidade desse povo, Saul resolve agir por sua própria vontade e poupa a vida de Agague, rei dos amalequitas. Também, toma para si os melhores animais do rebanho, que segundo ele, seriam para sacrificar ao Senhor (1Sm.15:10) que lhe pareciam agradáveis aos olhos, deixando para trás somente o que não  estava dentro de seus critérios de qualidade. Nessa questão, comete erro gravissimo, em nada diferindo da conduta de seus adversários.

Samuel Reprova a Atitude de Saul 
Deus comunica a  Samuel o seu desagrado em relação à conduta de Saul, demonstrando profunda tristeza pelo que ele fizera (1Sm.15:11). Ao ver-se  descoberto, Saul atribuiu a culpa ao povo que, segundo ele, estavam levando os despojos a Gilgal para ofertar ao Senhor. Essa situação revelou um desvio irreversível no caráter do rei. Samuel reprova-o dizendo que sem obediência, de nada adianta sacrifício. Disse-lhe, o profeta do Senhor: “obedecer é melhor do que sacrificar” (1Sm.15:22b). 
Embora Saul tenha demonstrado arrependimento, Samuel estava tão indignado com a situação que se recusou a seguir viagem junto a ele (v.26). Percebendo a gravidade do fato, o rei  tentou impedí-lo de se afastar, segurando-lhe pela orla da capa que acabou rasgando.
Virando-se para ele, disse Samuel: “O Senhor tem rasgado hoje de ti o reino de Israel, e o tem dado ao teu próximo, melhor do que tu” (1Sm.15:28). Em seguida acrescentou: “Aquele que é a força de Israel, não mente e nem se arrepende; porquanto não é filho do homem para que se arrependa” (1Sm.15:29).

Samuel Executa a Agague 
Pensando apenas na possibilidade de ser  envergonhado diante dos anciões, Saul insistiu ainda com Samuel para que não o abandonasse e voltasse com ele para que pudesse adorar ao Senhor.
Samuel reconsiderando sua atitude, voltou e seguiu com Saul, no entanto, mandou chamar Agague, rei dos amalequitas (v.32) e, ele próprio o executou.
Nesse caso, a atitude agressiva de Samuel era absolutamente necessária. Os amalequitas representavam uma grande ameaça para o povo de Deus. Eiminá-lo, portanto, era uma atitude absolutamente necessária. Esse episódio  nos ensina que, em relação ao pecado, devemos agir da mesma forma, extirpando-os por completo para impedir a nossa morte espiritual.

O Terceiro Grande Erro de Saul – O Caso da Adivinha 
Saul crendo-se poderoso, trilhou o caminho da autosuficiência e com isso, o Espirito do Senhor o deixou. Em uma das muitas batalhas contra os filisteus, vendo-se em desvantagem, Saul se desesperou (1Sm.28:5). Já não tinha mais a Samuel para consultar pois este já havia morrido (1Sm. 25:1) e Deus não lhe respondia às orações (1Sm.28:6), decidiu então consultar uma feiticeira (1Sm.28:7). Saul tomou uma decisão que bem sabia, contrariava os mandamentos de Deus (Dt.18:10-12).
Talvez até por conta disso ele se dirigiu disfarçado a En-Dor (1Sm.28:8), ao encontro de uma feiticeira que sabia, por intermédio de seus funcionários, que morava ali. A mulher estando diante dele foi logo justificando o medo de retalhações (1Sm.28:9-10), considerando o fato de que o rei havia iniciado uma perseguição contra os adivinhos e encantadores. Saul, sem nenhum escrúpulos jurou pelo Senhor que nada iria lhe acontecer (v.10). E assim, inicia uma longa e tenebrosa conversa onde supostamente, a feiticeira permeia uma comunicação entre Samuel e Saul. 
Claramente, nessa situação, Satanás se aproveita das péssimas condições espirituais de Saul e o seduz com muitas palavras que vão de encontro ao que ele desejava, afinal, ele é o pai da mentira (Jo.8:44). Diz o adágio popular que ‘quem procura encontra’ e Saul sem medir as consequências de seus atos perdeu a sua alma.

O Trágico Fim de Saul 
A decadência espiritual de Saul determinou o seu fracasso e pôs fim ao seu reinado. Depois de ter cometido tantos erros, teve um fim trágico. Morreu em um campo de batalha, onde, temendo ser capturado pelos inimigos, cometeu suicídio jogando-se sobre a sua própria espada (1Sm.31:4b). Seus filhos também foram mortos na mesma batalha. A Bíblia relata que a principal  causa da morte de Saul se deu por três motivos, primeiro, devido às suas transgressões contra o Senhor; segundo, por não ter guardado os seus mandamentos; terceiro, por ter consultado adivinhadora (1Cr. 10:13-14). E assim termina mais um episódio da triste realidade de quem decide caminhar por si só, em desobediência ao Senhor.

Conclusão
Nesse estudo vimos a ascensão e queda de Saul, o primeiro rei de Israel. No início de seu governo, obteve grandes vitórias porque estava cheio do Espírito do Senhor. Já no final, a sua decadência espiritual era notória. O poder havia corrompido a alma de Saul, ele já não buscava  mais fazer a vontade do Senhor e passou a agir por conta própria. No decorrer do seu governo,  comete erros gravíssimos que comprometem não somente o seu reinado, como também, a sua vida espiritual e familiar. Assim também ocorre na vida de quem decide ser o seu próprio deus.

Sonia Oliveira



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  44. Livro de Habacuque (Vídeo) - parte 2
  45. Livro de Habacuque (Vídeo) - parte 3
  46. Livro de Habacuque (Vídeo) - parte 4 
  47. Livro de Habacuque (Vídeo) - parte 5
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